Viva...
!
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Acabei de dar um passeio higiénico pela vizinhança (dog-sitter's job oblige) e reparei que nem uma luz bulia na quieta melancolia dos pinheiros do caminho. É definitivo: vivo numa rua de velhos.
Pasmo, pasmo perante a capacidade opinativa dos meus concidadãos. E nem sequer estou a referir-me aos que comentam como modo de vida, maugrado a presteza com que se disponibilizam a glosar qualquer mote, do aumento do preço do feijão carrapato, em que os novelistas são exímios, à nacionalização das grandes indústrias bolivianas, tema sempre querido dos cronistas desportivos, passando pela exposição de botões de fraque de Dali no CCB, frequentada por tantos distintos economistas, ou pelas lágrimas do Cristiano das fintas, para já não falar das fintas do Cristiano das lágrimas – a ordem dos factores é arbitrária, o que me levaria também ao Cristiano das fintas de lágrimas - que devem sempre ser comentadas por professores de Direito. De preferência, professores de Direito que joguem ténis, isso de bolas é tudo redondo, com excepção das ovais, mas também há poucos catedráticos a praticar rugby. Culpa das hérnias discais. Afinal, o profissional da parlapatice é o moderno vendedor de banha da cobra e a um publicitário tudo se perdoa. Sobretudo quando quer por força ir de burro.
Quando alguém, de quem muito gostamos e a quem mais admiramos, nos diz que tudo na vida tem solução, tem saída, tem conserto, e que só mesmo a falta de saúde nos pode fintar, ficamos estarrecidos e quedos, mesmo suspensos, nas interrogações que lhe conferiram aquela aspereza, tão sensata quanto inverosímil.
Com este PSD ou com qualquer uma das presentes (ou semi-ausentes) oposições internas a esta direcção, teremos, garantidamente, PS no governo até 2021. E, óbvio, garantidamente sem Ota nem TGV.
Acho que nunca reparei nos pés das pessoas em geral.
Seguro, seguro: o Guarda-Factos têm os babies mais bonitões da blogosfera lusa. E isto porque hoje estou particularmente redutora.
Ó hostes